Aconteceu em julho último, em São Paulo, a 8ª edição do Fórum E-commerce Brasil, o maior evento da América Latina e terceiro mais relevante do mundo no segmento de E-commerce. Foram três dias de palestras, apresentações e demonstrações com especialistas discutindo as tendências, inovações e os desafios do comércio eletrônico e tecnologia no Brasil – e logicamente, o impacto destes no varejo físico.
Michel Nabih Raad, diretor da NVirtual Informática, acompanhou o evento atento às demandas de tecnologia que o segmento exige e que possam impactar os clientes NVirtual. Entre os diversos conteúdos, Michel destaca:
Integração entre departamentos e o TI
Empresas de todos os portes estão incorrendo em um erro que normalmente acaba custando caro ao gestor: falta de integração entre o Departamento de Infraestrutura e Tecnologia e os de Produção/Gestão desde o início de um novo projeto. “Depois de lançado o projeto, começam a aparecer os problemas de falta de infraestrutura ou tecnologias específicas para atendê-lo, o que gera lentidão, travamento, enfim, comprometem o projeto”, enfatiza Michel.
Do virtual para o físico: só que não
Alguns segmentos de e-commerce perceberam que não podem prescindir da experiência do cliente com o produto, fisicamente. No entanto, não se trata de um retorno às lojas físicas com seus estoques onerosos: o caminho agora é o da loja show room – espaço para que o cliente experiencie o produto e interaja sensorialmente com a marca, mas a compra é feita no e-commerce e a entrega em casa.
De olho nas nuvens, com os pés no chão
Lojas virtuais precisam, cada vez mais, monitorar o serviço de nuvem em que estão hospedadas. Isso implica em avaliar o desempenho da mesma para que questões técnicas não levem o negócio a prejuízos em vendas. Um exemplo citado no fórum foi o Black Friday, cita Michel: “A loja virtual está preparada para ter 100 internautas interagindo na página ao mesmo tempo e, nas promoções Black, esse número salta pra 2000. O que vai acontecer com a conexão? Será que o site suporta? Imagine o prejuízo das lojas virtuais ao demorarem para abrir… o cliente já foi pra outra oferta” – enfatiza.
“Não há como ignorar o volume do e-commerce no Brasil e no mundo. Nos Estados Unidos, redes físicas que não criaram suas integrações com o universo virtual estão fechando portas. No Brasil, não será diferente: o cliente chega na loja com o smartphone na mão e compara preços, características do produto, etc. Não há como fechar os olhos pra isso”, finaliza Michel.